domingo, 7 de setembro de 2008

Adeus velho marinheiro


A José Cornélio


A velha cadeira branca agora vai estar vazia.
O mar vai sentir sua falta meu velho.
Seus passos foram levados pelo vento da eternidade.
Bem que o tempo poderia ter nos dado mais tempo.
Eu queria ter aprendido muito com você.
Enfim, o que posso esperar é que você junto com ela me guiem aí de cima.
Os olhos verdes e cerrados que outrora observavam este imenso espelho azul agora fecharam-se.
Na casa agora não mais ouviremos aquele piano e grave tom senil.
Você lembra bem a última nota tocada no cavaquinho? Ou a última página de um livro lida?
Serão eternas memórias onde você estiver.
Agora vocês terão todo o tempo para conversar.
Eu sei, vocês agora viraram estrelas e estão aí de cima a nos guiar.
Agora vocês podem aguardar nossa chegada sem se sentirem só.
E eu sei que esse dia vai chegar, mas até lá...
Descansem em paz.


Uadi

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